quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Resiliência ou resistência: um dilema social pós-pandemia

Nora Krawczyk; Dirce Zan. Resiliência ou resistência: um dilema social pós-pandemia. Políticas Educativas, 2021.

Resumo: Propõe-se um debate crítico sobre o “novo normal” que se desenha no processo de pandemia no Brasil e a relevância do tema da resiliência em discursos oficiais nos vários espaços sociais e institucionais.  Vista como a competência cultivada por docentes, alunos e famílias diante da atual situação sanitária, ela necessitaria ser ensinada na escola no contexto dos pressupostos epistemológicos das competências socioemocionais. Analisa as críticas oriundas da psicologia, da sociologia e da pedagogia. Atualmente, investir em uma educação focada no desenvolvimento de competências socioemocionais, em especial, na habilidade de resiliência pode levar a uma formação compatível com um novo e inevitável contexto educacional, social e econômico distante de qualquer projeto comprometido com transformações sociais significativas. 

O capital vai ao ensino médio: uma análise da reforma no processo de circulação do capital

QUADROS, S. F. de; KRAWCZYK, N. O capital vai ao ensino médio: uma análise da reforma no processo de circulação do capital. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 21, n. 00, p. e021044, 2021.

Resumo: Este texto procura colaborar com a compreensão da natureza da privatização da educação no processo de acumulação do capital. Faz uma breve análise das crises do capital para encontrar meios de absorção, procurando mostrar como a educação virou alvo de capitalização. Toma como objetos de análise a reforma do ensino médio (Lei 13.415/2017) e algumas ações do governo. Destaca as seguintes liberalizações que potencializam a absorção de novos investimentos: parcerias público-privadas na formação inicial e continuada de professores e implementação do novo currículo (induzida por meio do empréstimo junto ao BIRD); demanda por novos produtos e serviços educacionais para o “novo ensino médio”; oferta de parte da escolarização a distância; etc. E conclui que, dadas as contradições da educação no capitalismo, é preciso que os trabalhadores travem suas lutas também no processo de circulação, onde o capital tem vagado com menos resistência.

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